Já na quarta-feira dia 04/09, fomos à exposição “... às
contas” de Sonia Andrade, a qual é uma exposição inédita encontrada no Museu de
Arte Moderna (MAM), que contou com a curadoria de Fernando Cocchiarale e
Fernanda Lopes. A visita, inclusive, contou com a presença do curador Fernando
Cocchiarale.
A obra consiste em contas guardadas desde
1968 até 2018 (50 anos) de serviços básicos como água, luz, gás e telefone,
divididas e espalhadas em 9 colunas pelo salão. Ao nos aproximarmos das colunas
de contas, podemos perceber que as mesmas estavam divididas separadamente por
serviços e presas por correntes, tal como correntes para trancar portões e
amarrar bicicletas. Assim, diante dessa configuração, ficamos reflexivos acerca
do real significado para tal, afinal, poderiam estar presas por fios
transparentes comuns ou qualquer estrutura que não fosse tão perceptível.
Fotografia
da obra de Sônia Andrade presente no MAM (Museu de Arte Moderna).
Dessa forma,
concluímos que o fato de estarem presas por correntes, nos remete a percepção
de que estamos e estaremos sempre presos
a esses serviços, a essas contas, afinal, são serviços básicos, sem eles, a
sobrevivência não seria possível. Porém, nossa prisão, nossas correntes estão
além de serviços como estes. Nós estamos acorrentados a todo um sistema que nos
torna refém, a superestrutura do capitalismo em que o consumo é essencial e é a
alma deste modelo econômico, ou seja, nossas correntes vão muito além de
serviços até mesmo básicos para a sobrevivência, elas nos prendem em um âmbito econômico,
político e social. Com base nesta reflexão, naturalmente seguimos a uma
segunda, introduzida até mesmo pelo curador Fernando Cocchiarale, em que exposição
traz a tona que nós, literalmente, pagamos para viver.
Por: Breno Freitas, Esther Mesquita, Juliana Castelpoggi, Julya Monteiro e Luísa Machado
Por: Breno Freitas, Esther Mesquita, Juliana Castelpoggi, Julya Monteiro e Luísa Machado
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