sábado, 7 de setembro de 2019

Uma história que eu nunca esqueci

No dia 21 de agosto o nosso grupo de Comunicação foi convidado para a exposição "Rio dos Navegantes" no Museu de Artes do Rio (MAR), onde tivemos a oportunidade de conhecer inúmeros trabalhos de artistas e entender melhor a história que o céu e o mar contam sobre esse território.Assim, nossa tarefa era encontrar uma obra que nos emocionasse de algum modo e, com isso, procurar sobre ela e a vida do artista que a fez. Dessa forma, no momento em que vimos essa obra no museu , decidimos que seria sobre ela o nosso trabalho. Estamos falando de "...uma história que eu nunca esqueci..." de Rosana Palazyan
    
O genocídio armênio retratado por Rosana ocorreu entre 1915 e 1923, matando cerca de 1 milhão de pessoas, e foi protagonizado pelo Império Otomano. A Turquia, estado sucessor deste Império não reconhece os assassinatos em massa como um “genocídio” e até o momento apenas 29 países reconhecem o ocorrido como tal. Sendo assim, o trabalho da autora se mostra de extrema importância pois caracteriza o ocorrido a partir da perspectiva das vítimas e estabelece o seu real impacto na vida dos mesmos, além de não permitir que essa memória seja apagada e desvalorizada. Em seu blog particular a autora ainda estabelece a importância de suas obras em geral :
“Nos últimos dias em meu país, jovens, mulheres, crianças, famílias, estão nas ruas lutando por seus direitos, vivendo momentos que não vivenciamos há muitos anos. O que tem me feito pensar na proximidade de todos os projetos e experiências que a arte tem me possibilitado realizar. Se não muda o mundo, tenho vivido a arte como um percurso do entendimento e encontro com o Outro. E de forma incansável tenho me dedicado a transformar as relações das pessoas frente a questões tão urgentes, na tentativa de fazer acionar a mobilização para um mundo melhor.”
(PALAZYAN,Rosana. http://rosanapalazyan.blogspot.com/?m=1. 2013)


A partir do supracitado, observamos a influência da vida da autora em sua videoinstalação “Uma história que eu nunca esqueci”. Todavia é preciso analisar também a obra em particular. A videoinstalação é caracterizada por uma forma de produção artesanal, pois tenta organizar a memória do genocídio armênio (algo fragmentado, porque é baseado em histórias e narrativas), é como a montagem de um quebra cabeças. Produzida em 2013, a obra já esteve exposta em diversos locais, como a Bienal de Veneza, e no momento se encontra no MAR (Museu de Arte do Rio) na “Exposição Rio dos navegantes”.
Em suma, o grupo foi afetado de diversas formas pela obra, podendo-se destacar o apelo emotivo da mesma. A simplicidade apresentada pela autora ao contar uma história pertencente a sua origem nos remete a sensação de casa (a mesma que sentimos quando ouvimos os nossos avós nos contando histórias de suas vidas), permitindo, assim, uma identificação e empatia. Concomitantemente, fomos afetados pelo enredo, que desenvolveu em nós não apenas o conhecimento histórico mas também a sensação de estar compartilhando um sentimento pessoal da autora.


Autores: Larissa Santos, Rafaela Bellini, Victor Ventura e Ingrid Vieira.

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