No dia 4 de Setembro fomos convidados a visitar o
(MAM) Museu de Arte Moderna, aonde podemos ver várias exposições, conhecendo
obras distintas, mas que de alguma forma conseguem estar no mesmo ambiente. A
tarefa que nos foi dada era encontrar uma de todas as obras que vimos neste
dia, e assim trazer a relação que ela tem com o artista e a sua história. No
meio de tantas obras incríveis, encontramos uma que sem dúvidas foi a que mais
nos tocou, de uma forma sentimental. O nome dela é a “Cadeira Careca” de Márcia
X.
Márcia Pinheiro de Oliveira, carioca que nasceu em
1959, foi uma artista plástica brasileira, que estudou em escola católica e
sempre teve uma relação com a arte de uma maneira estranha visto pelos outros.
Ela utilizava objetos eróticos, brinquedos infantis e objetos religiosos, suas
performances, vídeos e instalações são marcados pela relação sexo/infância.
Seus trabalhos abordam temas como sexualidade, erotismo, consumo, valores
sociais e religiosos, trazendo a discussão não só de questões estéticas mas
também de ética e política. O movimento que se vê em suas peças evidência a
percepção do objeto como um corpo vivo. Sua perspectiva é subjetiva, o que
confere a sua obra um caráter quase auto biográfico.
Na sua última performance, em conjunto com Ricardo
Ventura, a “Cadeira Careca”, consistiu em raspar o pelo de um exemplar da “chaise
longue modelo nr. B 306”. O lugar escolhido para o ato foi o pilatis do prédio
aonde o pensamento modernista foi aplicado pela primeira vez no mundo, em
escola monumental, marco nas transformações ocorridas da arquitetura mundial no
século XX. A artista estava de negro e Ricardo de branco hospitalar, recostada
na peça de design, a pele do objeto começa a ser cuidadosa e carinhosamente
desprovida de seus pelos, deixando o formato do corpo de Márcia.
Observando toda sua trajetória, Márcia X nos conta
algo em suas obras e especificamente na última antes de sua morte, que suas
criações transcendem no universo estético e conceitual, trazendo diversos tipos
de instalações e temas polêmicos, de certa forma questionando o papel da arte
por meio do humor e estranhamento, características de sua obra. Logo, o que o
nosso grupo se sentiu atraído e afetado foi principalmente essa marca que ela
tinha em fazer com que seu próprio corpo fizesse parte de suas obras trazendo
um diferencial e de certo modo algo que foge do comum, contudo conseguiu manter
até a sua última criação, o aspecto de que o corpo faz parte de sua obras, faz
com que seja mais expressivo e autêntico, nesta ação, os artistas conciliam em
uma única experiência a estética e
conceitos aparentemente antagônicos, presente neste ícone de design moderno.
Autores: Larissa Santos, Rafaela Bellini, Victor
Ventura, Ingrid Vieira.
Nenhum comentário
Postar um comentário