segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Cadeira Careca

No dia 4 de Setembro fomos convidados a visitar o (MAM) Museu de Arte Moderna, aonde podemos ver várias exposições, conhecendo obras distintas, mas que de alguma forma conseguem estar no mesmo ambiente. A tarefa que nos foi dada era encontrar uma de todas as obras que vimos neste dia, e assim trazer a relação que ela tem com o artista e a sua história. No meio de tantas obras incríveis, encontramos uma que sem dúvidas foi a que mais nos tocou, de uma forma sentimental. O nome dela é a “Cadeira Careca” de Márcia X.
Márcia Pinheiro de Oliveira, carioca que nasceu em 1959, foi uma artista plástica brasileira, que estudou em escola católica e sempre teve uma relação com a arte de uma maneira estranha visto pelos outros. Ela utilizava objetos eróticos, brinquedos infantis e objetos religiosos, suas performances, vídeos e instalações são marcados pela relação sexo/infância. Seus trabalhos abordam temas como sexualidade, erotismo, consumo, valores sociais e religiosos, trazendo a discussão não só de questões estéticas mas também de ética e política. O movimento que se vê em suas peças evidência a percepção do objeto como um corpo vivo. Sua perspectiva é subjetiva, o que confere a sua obra um caráter quase auto biográfico.
Na sua última performance, em conjunto com Ricardo Ventura, a “Cadeira Careca”, consistiu em raspar o pelo de um exemplar da “chaise longue modelo nr. B 306”. O lugar escolhido para o ato foi o pilatis do prédio aonde o pensamento modernista foi aplicado pela primeira vez no mundo, em escola monumental, marco nas transformações ocorridas da arquitetura mundial no século XX. A artista estava de negro e Ricardo de branco hospitalar, recostada na peça de design, a pele do objeto começa a ser cuidadosa e carinhosamente desprovida de seus pelos, deixando o formato do corpo de Márcia.
Observando toda sua trajetória, Márcia X nos conta algo em suas obras e especificamente na última antes de sua morte, que suas criações transcendem no universo estético e conceitual, trazendo diversos tipos de instalações e temas polêmicos, de certa forma questionando o papel da arte por meio do humor e estranhamento, características de sua obra. Logo, o que o nosso grupo se sentiu atraído e afetado foi principalmente essa marca que ela tinha em fazer com que seu próprio corpo fizesse parte de suas obras trazendo um diferencial e de certo modo algo que foge do comum, contudo conseguiu manter até a sua última criação, o aspecto de que o corpo faz parte de sua obras, faz com que seja mais expressivo e autêntico, nesta ação, os artistas conciliam em uma única experiência  a estética e conceitos aparentemente antagônicos, presente neste ícone de design moderno.




Autores: Larissa Santos, Rafaela Bellini, Victor Ventura, Ingrid Vieira.

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